Metodologia

É no vivenciar que se aprende e que se cria no WASH

Nas oficinas do WASH, os estudantes experimentam, vivenciam e produzem para aprender. Tudo num ambiente no qual o método científico é valorizado e a autonomia do educando é incentivada. As oficinas do WASH são espaços de criação, de pesquisa, de exploração da Ciência, Tecnologia, de expressões artísticas e culturais, da Engenharia e da Matemática.

Para os participantes do Programa WASH, as oficinas e a pesquisa são o caminho para os processos de aprendizagem. As atividades não são definidas como curso ou aulas e não seguem um modelo vertical de transmissão de conhecimentos na relação alunos X professores; mas de compartilhamento de saberes e fazeres. Não existem conteúdos fechados, nem uso de apostilas nas atividades do Programa. A proposta é aprender ensinando, incentivando a curiosidade, a investigação de novos conhecimentos, com ludicidade, usando ferramentas de linguagem de programação, audiovisual e robótica, de forma simples.

Os estudantes, também, são instigados a ter metas para estimular a construção do conhecimento.

Do ponto de vista conceitual, a metodologia do WASH tem inspiração nos ensinamentos do matemático sul-africano, Seymour Papert, que defendia que “a melhor aprendizagem ocorre quando o aprendiz assume o comando de seu próprio desenvolvimento em atividades que sejam significativas e lhe despertem o prazer”. Papert foi um dos mais importantes visionários do uso da tecnologia na educação e desenvolveu a linguagem LOGO – atualmente conhecida como SCRATCH.

O WASH empresta, também, de Jean Piaget, o nome mais importante da Educação no Século XX, as bases do construtivismo no aprendizado. Piaget defende que “o professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas.”

E do legado de Paulo Freire, o WASH aplica as práticas pedagógicas alicerçadas no autodesenvolvimento, na autonomia na construção, na liberdade e alegria de construir conhecimentos.

Descrição de uma oficina

As oficinas têm duração prevista de três e contam com a participação de orientadores, facilitadores, mediadores, bolsistas/monitores e educandos.

É comum a presença de convidados e palestrantes durante a oficina. O Programa estabeleceu uma liturgia típica para a atividade, conforme descrito abaixo:

  • Acolhimento dos participantes;
  • Registro de Presença e apresentação da dinâmica e combinados;
  • Início da oficina, supervisionada por adultos;
  • Hora do lanche
  • Roda de diálogos com os bolsistas, monitores e coordenação para avaliação da atividade e planejamento do próximo encontro.

 Ferramenta

Para garantir esse cenário de protagonismo do educando, o WASH utiliza a linguagem SCRATCH, que  é “intuitiva” e visual. Com a importante vantagem de ser utilizada offline (Leia mais sobre a ferramenta neste site). Essa linguagem foi desenvolvida por Michel Mitch, no Media Lab do MIT (Instituto Tecnológico de Massachussets) e permite que mesmo aqueles que nunca tiveram conhecimentos na linguagem computacional possam fazer programações visuais, criando sequências de animação, trabalhar com imagens, fotos, música e desenhos, construir jogos e até programas interativos.

Bolsistas/Monitores

Os monitores que atuam nas oficinas com os educandos são capacitados para disseminar a linguagem SCRATCH. Geralmente, são os alunos do Ensino Médio ou graduação que vivenciam as oficinas de linguagem de programação. Após essa experiência, são preparados para serem multiplicadores junto aos educandos do Ensino Fundamental. As crianças são também protagonistas neste processo ao ajudarem os demais participantes na apropriação da ferramenta, colocando em prática a célebre frase de Freire: “Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender”.

Iniciação Científica

Educandos do Ensino Médio e Graduação, em conjunto com seus orientadores, definem um Plano de Trabalho para realizar a Iniciação Científica, com metas a serem alcançadas. O plano contém a escolha do tema que será abordado, uma introdução, um objetivo geral, os materiais e métodos que serão utilizados, o público alvo da pesquisa,  entregáveis (conjunto de resultados do trabalho científico) e referências bibliográficas.

São 20 horas de dedicação à pesquisa, sendo quatro horas destinadas a realização das oficinas do WASH com os demais educandos. E por esses dois trabalhos em contrapartida recebem bolsas de Iniciação Científica.

Materiais e Métodos

Resguardado o método científico como valor central, as oficinas podem ser adaptadas às características, aptidões, temática, necessidades e interesses das instituições e comunidades envolvidas (livres), e ter a linguagem SCRATCH como esteio temático. Os projetos de Iniciação Científica são variados e buscam ser relevantes para a realidade do educando, bolsista, dos orientadores e da comunidade.

Além dessa metodologia para a execução das oficinas e Iniciação Científica, o Programa WASH, através da Portaria 178/2018 SEI/CTI, conta com um Documento de Referência que prevê toda a liturgia para a sua implantação e funcionamento.

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