Equipamentos de Proteção Individual ajudam a reduzir riscos de contágio da COVID-19

Em tempos de pandemia do Coronavírus, toda iniciativa pode significar muito e quando essa ação é garantir vidas dos profissionais quem trabalha para salvar outras vidas, o reconhecimento é inevitável. Em Prado Ferreira, no Paraná, o Programa Profissão 4.0 da Prefeitura da cidade, em uma iniciativa inédita na região, passou a apoiar as ações de combate à disseminação do vírus de forma concreta. A equipe do Programa Profissão 4.0 não pensou duas vezes ao perceber que poderia replicar/confeccionar face shields (protetores de face) dentro do Fab Lab do município e disponibilizá-los aos profissionais que estão  à frente no atendimento às vítimas.

Ana Paula Rodrigues, 35, formada em Tecnologia em Processamento de Dados pela FACCAR – Faculdade Paranaense; e em Pedagogia e Gestão Escolar pela Unicesumar,  coordenadora do Programa 4.0, conta que a ideia surgiu ao assistir uma matéria num telejornal. “Quando vimos um projeto de produção de protetores faciais, buscamos o  protótipo e decidimos  fazê-lo para contribuir com nossa região. Tivemos o apoio imediato do prefeito Silvio Damaceno, que também havia visto a matéria”.  Ela comenta que graças ao Programa, a cidade já contava com duas impressoras 3D e uma a laser, que chegaram no Fab Lab – Laboratório de Fabricação Digital há aproximadamente um mês e permitiram a confecção desse material.

O único desafio era começar a produção em pleno início do isolamento social, com os alunos que frequentam o Programa Profissão 4.0 em casa. A ideia, então, foi colocar a mão na massa. Praticamente, a coordenadora do Programa, [UdW1] decidiu assumir a produção pioneira na região.

Ela comenta que em poucas horas, após ter o protótipo, os  primeiros modelos começaram a ficar prontos, respeitando todo o padrão definido para os protetores, que são EPI – equipamentos de proteção individual, que reduzem drasticamente os riscos do contágio.

“O nosso modelo foi produzido a um custo bem inferior ao que vem sendo comercializado no mercado. Utilizamos como matéria-prima acetato e filamento para a construção do suporte e já conseguimos produzir em um dia entre 6 a 8 protetores faciais em nosso Fab Lab”, afirmou. O preço dos protetores na Internet variam entre R$ 35 a R$ 100,00; e em Prado, os custos para a produção ficam entre R$ 13 e 14,00 a unidade.

Ana Paula contou que os protetores produzidos até agora foram disponibilizados gratuitamente aos profissionais de saúde da cidade de Prado Ferreira e municípios vizinhos. Cidades como Jaguapitã receberam 15 deles, entregues ao hospital local; profissionais do SAMU receberam seis protetores faciais e mais 18 foram distribuídos na região. A procura pelos protetores tem sido grande e o município de Prado se orgulha em poder contribuir nesta ação de prevenção, destaca. “Neste momento, mesmo, o FAB LAB recebeu pedidos de mais 25 protetores. Estamos abertos a pedidos das cidades da região. Só orientamos que as solicitações sejam feitas por meio de ofício”.

Além dessa contribuição, a coordenadora disse que o “know-how” para produzir o material também é compartilhado com aqueles que se interessam. “Recebemos, por exemplo, um pedido de uma clínica odontológica, que veio também conhecer pessoalmente a produção do material”.

Para a coordenadora, os resultados têm sido muito expressivos. “Os investimentos que fizemos são até pequenos perto das conquistas até aqui para a  cidade”. O Programa 4.0 oferece cursos de Inglês (conversação), com plataforma própria; cursos de Informática e, em parceria com o Programa WASH, Curso de Robótica, Curso de Edição de vídeo (Stop Motion), cursos de Iniciação à programação (Scratch) para crianças. “Em 2019, atendemos 409 pessoas, entre crianças, jovens e adultos. Com o Programa WASH, beneficiamos 218 crianças. Em 2020 até fevereiro, 187 jovens, adultos e crianças já foram atendidos. Deste total, foram 70 crianças no WASH. Público inclusive em situação de vulnerabilidade”, comenta.

Ana Paula afirma que as crianças aprendem com prazer e o espaço da Biblioteca Municipal em Prado Ferreira, onde também acontecem as oficinas do Programa WASH, tem sido apontado por elas como uma segunda casa.

Outro aspecto importante citado pela coordenadora é ver que os alunos estão dando continuidade ao que aprendem dentro dos dois Programas WASH e 4.0. “Tenho exemplo de alunos que passaram por nossos cursos e já buscaram formação técnica em informática no Ensino Médio”. E ela lembra também que as empresas locais estão abrindo suas portas para dar oportunidades de emprego para o público do Programa Profissão 4.0. “Assim aliamos a oportunidade de formação, com a de emprego e a de transformação de vidas”, defende.

Segundo a coordenadora, o Programa Profissão 4.0 está transformando a cidade e como nasceu como uma política pública (é uma Lei Municipal) deve ter vida longa e resultados ainda maiores no futuro. A Lei que instituiu o Programa é a Lei Municipal nº 496, de 16 de abril de 2019.

Texto: Denise Pereira

Fotos: Ana Paula Rodrigues

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